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janeiro/2010
Metallica recebe disco de ouro e platina durante coletiva de imprensa em São Paulo
Texto e fotos: Adriana Camargo


Antes do show no último dia 30 de janeiro, os integrantes do Metallica conversaram com a imprensa no salão nobre do Estádio do Morumbi. A banda recebeu da gravadora Universal Music um disco de ouro pelas 45 mil cópias vendidas do disco "Death Magnetic" e um DVD de platina duplo pela venda de 60 mil cópias do show gravado na Cidade do México, "Orgulho, Paixão e Glória". A jornalista Adriana Camargo participou desse encontro com a banda e trouxe as novidades. Confira abaixo na íntegra o que rolou na coletiva de imprensa da banda:

1.Qual a expectativa da banda e relação aos shows de São Paulo após 11 anos de ausência nos palcos daqui?
R: (James Hetfield): Esperamos a mesma paixão do público brasileiro e também dos novos fãs, já que depois de tanto tempo longe do país, uma nova geração de seguidores já deveria estar formada. Nesses 11 anos nos tornamos melhores músicos e estamos tocando melhor agora. "Temos praticado mais", brincou.

2.Em termos de características sonoras da banda, como vocês comparam o Metallica com Cliff, Jason e com Robert no baixo?
R: (Kirk Hammet): Cliff (Burton) tinha uma sonoridade musical muito forte era como uma “guitarra líder”. Ele era muito independente como baixista. Já o Jason (Newsted) era muito distante da guitarra ele era puro baixo mesmo. Já o Rob (Trujillo) é muito técnico, ele é um “príncipe” em técnica.

3.Quais as recordações que vocês guardam da última visita ao Brasil? E quais os motivos que levaram ao cancelamento da turnê de 2003?
R: (Lars Ulrich): Agora mesmo quando estava vindo para cá estávamos lembrando sobre a nossa passagem pelo Rio em 1989 que foi a nossa primeira vez na praia do Rio de Janeiro. Há dois dias atrás estivemos em Porto Alegre e foi muito bom o show com uma platéia enlouquecida. E o que acho interessante no Brasil é que as pessoas são muito apaixonadas e dividem essa emoção facilmente. Aqui é um lugar onde nós nos sentimos muito bem vindos. E aqui em São Paulo estamos esperando isso elevado em alta potência porque vai ter muita gente aqui e é a primeira vez que tocamos em um lugar tão grande na cidade.
Em 2003, o que aconteceu é que a banda não estava pronta para vir, porque não estávamos prontos para uma turnê. Estávamos gravando e tinha um disco para sair. Foi uma fase difícil e então preferimos naquele momento tirar dois meses para ficar em casa.

4.Qual foi a inspiração para fazer o álbum “Death Magnetic” e para criar esse show que está surpreendendo todo mundo?
R: (James Hetfield): Somos músicos que fazemos músicas em turnê. “É o que fazemos da vida” (ironizou). Depois de um disco sempre vem outro. E era isso que tínhamos para dizer nesse momento. O disco Death Magnetic foi construído na própria turnê anterior e várias músicas, inclusive já estavam prontas antes. Na turnê ficamos o tempo inteiro compondo e escrevendo músicas durante esse tempo.

5.Vocês disseram que a performance dessa vez deve ser melhor. Da última vez que estiveram no Brasil há uns anos atrás vocês estavam com uma sonoridade diferente. E nesse último CD vocês voltaram às origens com sons mais rápidos. O que essa mudança melhora ou acrescenta na performance?
R: (Lars Ulrich): Esse disco (Death Magnetic) foi composto de uma maneira divertida, já pensando em como essas músicas seriam tocadas ao vivo. Construímos as músicas pensando no palco.
(James): Ainda não tocamos “Unforgiven III” nos shows, mas ainda temos três horas para decidir isso (brincou ele).
(Lars): Esse disco tem um sabor muito leve e foi pensado para funcionar no palco.

6.Vocês mudam muito de set list de um show para outro. Quero saber quantas músicas vocês tem prontas para escolher e como são escolhidas essas músicas de acordo com o show? Porque vocês decidem tocar uma antiga e uma nova. Como vocês decidem o set list sendo que ele é tão diferente de show para show?
R: (Lars Ulrich): O set list é baseado no que sentimos. Se estamos pela 2ª noite numa cidade lembramos o que foi bacana ou não. De acordo como o vento está soprando. Há 10 anos atrás quando fazíamos megaturnes e o set list era sempre o mesmo. Notamos que ficava uma coisa mecânica. Quando resolvíamos mudar um pouco o set list o programador de luz falava que precisava de 3 dias para pensar nisso. Ficávamos “amarrados” ao set list. Mas a partir do “St Anger” decidimos e avisamos a produção que íamos mudar o set list a cada show. Conseguimos fazer isso e contentar os fãs. Percebemos que os fãs nos seguem e queremos dar isso a eles. Deles poderem dioferenciar novas coisas dentro da própria banda.

7.Vocês já tem planos para um novo material após essa turnê e se assemelha ao “Death Magnetic” que, como já foi dito, é uma volta às raízes?
R: (James Hetfield): Nós ainda não juntamos tudo para construir esse álbum. Na turnê não se faz isso um de nós entra no quarto e vai gravando em um computador esse material. O espírito do que vai ser esse novo trabalho será definido quando nos sentarmos para tocar e compor material novo. É por isso que ainda não temos idéia sobre o próximo álbum.

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